domingo, 27 de junho de 2010

Saberes adquiridos e contemplados no estágio.

Pode parecer estranho para quem não conhece o assunto, ler o que irei postar nesse momento. Mas ao pensar numa das questões do relatório de estágio, a dos objetivos atingidos, pude perceber em todos os meus planejamentos, que trabalhei com o diálogo e o envolvimento dos alunos, planejando junto com eles os conhecimentos que para eles são significativos. Criando possibilidades para que houvesse uma real produção do conhecimento. Nesse sentido Freire em sua obra Pedagogia da Libertação, 2004, aponta essa interação entre aluno/professor, como elemento fundamental para o processo educativo. O que não encontramos nas obras dos autores que defendem esse tipo de prática pedagógica, são os conhecimentos que os educadores adquirem ao por em prática essa pedagogia. Eu, até o momento do estágio, acreditava que não conseguiria por na prática esse trabalho, lia e pensava: "A teoria é uma coisa, quero ver na prática!" Me surpreendi positivamente ao ver que sou capaz de trabalhar a autonomia dos meus alunos. Para mim, isso foi um conhecimento adquirido durante o estágio, não para meus alunos, mas pra mim mesma!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Uma visão de estágio!

Ao pensar na reflexão da última semana de estágio, percebi o quanto as atividades que contemplavam uma visão e conhecimento do mundo, despertavam o interesse e a participação do grupo. Junto com o encerramento do período de estágio, deu-se a abertura da Gincana Junina da minha escola; e aproveitando o clima de Copa, fizemos atividades que envolviam conhecimento do assunto. As equipes representavam países que estão participando da Copa, sendo que as turmas das séries iniciais representavam o Brasil, e as turmas das séries finais representavam outros países. Ao se apresentarem, comentando sobre a cultura dos países que representavam, as turmas contaram com um apoio de um grupo muito especial, a minha turma. Eles mostraram que conheciam muito bem o assunto, sabiam dizer se estava certo ou errado o que as turmas apresentavam. Numa de suas obras, Freire já fazia mensão das leituras do mundo. " A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura deste não possa prescindir da continuidade da leitura daquela.Linguagem e realidade se prendem dinamicamente." Freire (1983, p. 11-12).

sábado, 12 de junho de 2010

Caminhos da aprendizagem

Durante essa semana, procurei organizar um rascunho do Relatório. Assim como acontecia nos outros semestres, fui remetida ao início do semestre, relendo meus primeiros planejamentos. Pude, para minha alegria, ver que não apenas meus alunos, mas também eu ( professora e aluna), cresci em minhas aprendizagens. Isso me fez repensar nas palavras de Piaget "A mudança da atividade e da afetividade faz o outro-mudança que libera a criança de seu narcisismo- é muito mais que uma simples e pura transferência: é uma reestruturação de todo o universo afetivo e cognitivo. Quando o outro se torna um objeto independente, quer dizer permanente e autônomo, as relações eu e o outro já não são simples relações de atividade própria com um objeto exterior: começam a ser verdadeiras relações de intercâmbio entre o eu e o outro" ( PIAGET,2001,p.65)Percebo que objetivos foram alcançados, tanto por meus alunos quanto por mim.

sábado, 5 de junho de 2010

O ato de ensinar.

Durante todos os semestres anteriores fizemos apropriações de várias teorias e de diferentes autores. Mas percebo que só quando relacionamos essas teorias com a prática, é que elas passam ser significativas. Falo isso, porque com esses planejamentos do estágio docente, me vi sendo desacomodada da rotina de quase vinte anos de sala de aula. Fui desafiada à pensar num planejamento que desse aos alunos, não apenas aprendizagens prontas, mas que despertasse neles o querer aprender; fazendo desse aprender um ato de vontade de quem aprende. Cabendo a minha pessoa, o papel de instigar essa vontade com informações ou questionamento que farão com que queiram ir além, descobrir algo mais. Quando Paulo Freire, em sua obra Pedagogia do Oprimido, 1977, mensiona a educação bancária, nos mostra o quanto se faz necessário oferecer a nossos alunos um ensino desafiante e inquietante; deixando de lado aquele ensino que exige do aluno apenas o memorizar de informações, sem aguçar a curiosidade e o espírito investigativo. Percebo que não basta ter um diploma de professora se não soubermos o verdadeiro significado inserido no ato de ensinar.